12 de Janeiro de 1995 - Se fosse a Marta de antigamente diria que neste dia tinha nascido uma das melhores pessoas do mundo, mas quem está a escrever é um novo eu. Como tal, já não sou capaz de dizer aquelas coisas bonitas que durante tantos anos insisti em dizer. Já não te amo da mesma maneira. Comecei a amar-me mais a mim. Foi preciso bater bem lá no fundo para ver que o nosso "nós" nunca houve. E com isto, tenho de pôr o ponto final nesta história e arquivar este livro. Não te vou esquecer. Fazes parte de mim. Mas vou aprender "como deixar de te amar". Vou aprender "como saber viver sem ti". E as coisas torna-se-ão mais fáceis. A minha vida tomará um novo rumo. Eu poderei ser feliz com um outro eu que não podes nem nunca pudeste ser tu.
Vou guardar-te para sempre no meu coração. Não te posso esquecer. Não quero. Esquecer-te era apagar parte da minha história, era perder parte da minha identidade, era perder um pouco de mim. Terei sempre um carinho especial por ti. Foste o meu primeiro e verdadeiro amor. Este não se esquece. E passados imensos anos, eu irei lembrar-me sempre de ti.
E hoje fazes 18 anos. Pode parecer mais um ano, mas eu desejo tanto que ele te traga o juízo que já te anda a faltar à tanto tempo. Apesar de já não fazeres parte da minha vida, eu quero que encontres o teu caminho. Mereces ser feliz, e para isso tens que assentar. Já passou a altura das tuas aventuras inconsciente que tanto fizeram a mim e aos teus pais sofrer. Sê o homem que eu sempre idealizei. Eu sei que consegues.
PARABÉNS MEU AMOR. Que Deus esteja sempre contigo, porque eu também estarei.
Amo-te muito.
"Nunca te esqueças, és o meu sonho." Espero um dia encontrar alguém que me faça sonhar como tu fazes fizeste!