domingo, 21 de julho de 2013

360º

Inicio, meio e fim - Assim é a vida.. feita de ciclos. Infelizmente, eu não posso fugir dos meus. Fui obrigada a concluir mais um dos muitos estádios que a vida me apresenta. Forçosamente, hoje tenho de pôr fim a um período intenso de amor, cumplicidade e respeito. Não me mentalizei e duvido muito que vá conseguir isso nos próximos tempos. Sofro, provavelmente, de monofobia. Só a ideia de que as pessoas me possam abandonar, deixa-me aterrorizada. E com o Daniel não foi diferente. Muito pelo contrário...

21 de Dezembro de 2012. Data do meu aniversário. Dezassete anos. Para mim ia ser um dia normal como em todos os anos. Mas enganei-me! Recebi a melhor prenda que alguém me podia dar. Conheci o Daniel. Se calhar naquele dia pensei que era só mais uma pessoa neste mundo. Até que dei por mim a falar e a pensar nele a todo momento. Finalmente um passado doloroso de quatro anos tinha sido fechado. E comecei a escrever um novo livro. Sempre comigo, ele ajudou-me a superar todos os medos que até então me empurravam para o abismo. Todas as minhas inseguranças fecharam-se numa gaveta. Com a força dele, eu comecei a gostar um pouco de mim! E a vida, aos poucos, foi sorrindo. Dei um passo em frente e de repente vejo-me a dizer que o amo e que o quero para o resto da minha vida! É um cliché, mas conseguimos ser um só. Com ele e por ele, mudei muito. Mudei porque tinha necessidade disso. Porque todos os tormentos que eu tinha, tinham como causa a minha personalidade. Era, e ainda sou um pouco, uma pessoa orgulhosa, dona da razão e incapaz de dar o braço a torcer. Mas quando me deparei ao longo dos tempos que isso ia afectar a nossa relação, dei o melhor para tentar que estes meus traços não acabassem por tirar-me aquilo que eu mais presava. Lutei muito por isso, porque sabia e sei que o Daniel vale a pena. Eu olho para ele e vejo que ele consegue dar-me aquilo que eu nunca tive em dezassete anos. E quando eu dizia que ele antes de ser meu namorado, era o meu melhor amigo, o meu irmão e o meu pai.. tudo isto ao mesmo tempo, eu estava a ser profundamente sincera! Ele preenchia-me o coração! Não precisava de mais. Só dele.. comigo.. a meu lado! Mas eu já percebi. Eu não feita para ser feliz. Tudo o que passa nas minhas mãos, é tão ou mais efémero que um ramo de flores colocados numa jarra. A vida sempre fez questão que as pessoas que eu mais prezo saíssem dela. E assim foi com o Daniel. Mais uma vez, decidiram-me abandonar. Fui obrigada a escrever o fim deste livro! No entanto, o que mais me custa no meio disto tudo é que eu sei que ele me ama assim como eu o amo! Sei que ele me deseja tanto quanto eu o desejo! E não consigo, não consigo mesmo perceber como é que ele consegue desistir assim de nós. Eu continuo a acreditar que nós valemos a pena. E não devia desistir. Por muito que me possa doer, eu não o posso deixar. Eu sei que ele também precisa de mim...
Estou tão perdida. É como se estivesse no mar e não tivesse pé. Sinto que as minhas mágoas me estão me afundar. E o problema é que tenho medo de nadar. Estou sozinha. Não sei se conseguirei levar esta viagem em diante! Precisava mesmo de lhe fazer muitas perguntas. Quero que fiquemos bem. Ele também. Mas depois, quando eu quero falar, ele diz que não quer tocar mais nesse assunto. E isto magoa-me. Faz-me pensar se ele realmente gosta de mim. Para além do mais, dá-me motivos que me dizem exactamente o contrário daquilo que eu queria que fosse verdade. Desde que ele acabou comigo, que eu não tenho um dia em que consiga me distrair. Não dá para não pensar nele. Tento conversar com os meus amigos mais próximos para desanuviar a cabeça e até isso me custa. Não dá, simplesmente sinto um vazio enorme dentro de mim. Habituei-me a partilhar TODO o meu dia a dia com ele. Só com ele porque era o único que me dava esperança de que ele era um companheiro para a vida. E hoje isso não é possível e o pior de tudo é que algo me diz que ele já tem com quem partilhar o seu dia. Se calhar sou eu que estou a criar demasiados filmes que não existem, mas eu conheço-o e melhor do que ele pensa. Sei bem quando está a falar para um amigo ou quando se está a apaixonar! Eu notei isso quando foi comigo.. e não é que eu estou a sentir isso outra vez? Só que agora não é por mim. E isto dói mesmo! Custa-me tanto vê-lo disponível a falar com todo o mundo, a contar as novidades dos seus dias, a falar das suas doenças, a dedicar músicas a outras pessoas, a mandar-lhe mensagens de bons dias e de boas noites e eu aqui, sozinha, esperando ouvir da boca dele que tem saudades minhas e que não sabe viver sem mim, assim como eu não sei viver sem ele! E por mim era já hoje! 

21 de Julho de 2013. Passaram-se sete meses e para mim pareceram anos. Conheço-o melhor do que a mim mesma. Finalmente o meu dia de anos ganhou sentido e tudo graças a ele. Eu só quero que ele não marque o meu dia de anos pela negativa. Eu só quero que ele tenha noção que a cada dia 21 de Dezembro eu me vou lembrar dele e vou quero-lo a meu lado. Porque ele é a minha prenda de anos e não tenho por hábito abandonar aquilo que me dão! Ainda há uma oportunidade. Eu não quero fechar este ciclo! Eu prometo fazê-lo feliz. Eu quero e preciso! Não me tirem este direito. É a única coisa que eu peço.. não me impeçam de ser feliz com ele.

"Mudaste a minha vida e agradeço-te imensamente por isso. Salvaste-me de ser infeliz. Amo-te mesmo Marta. (...) Tenho a melhor pessoa deste mundo para me apoiar amor. Ela é incrível demais para estar mal. Eu amo-te. (...) Porque eu não te quero fazer sofrer como aconteceu no passado, quero-te ajudar a construir o futuro feliz. Eu adoro-te muito, sim? E sempre vou adorar."

Se estas palavras não foram em vão, se o nosso amor foi mesmo verdadeiro, se tu me amas e se eu te amo não deixes que a nossa vida dê uma volta de 360º. Não feches este ciclo. 

És quem eu quero a meu lado. Eu amo-te mais do que a mim mesma! Não deixes que isto aconteça: "Claro, agora que me conheces a tua vida mudou a 360 graus." 
And after all, YOU'RE MY WONDERWALL....

sábado, 13 de julho de 2013

"Então isto é o fim?!" "Infelizmente, sim..."

Não sei bem porque escrevo. Talvez seja a única forma de desabafar. Talvez tente encontrar respostas no meio de tantas palavras. Talvez procure a minha calma neste silêncio que magoa. Está a ser difícil. Eu não consigo ser forte o suficiente para acreditar no que aconteceu. A minha vida levou uma volta de 180º (É irónica esta frase. Lembro-me perfeitamente que uma das primeiras coisas que ele me disse foi que a vida dele tinha dado uma volta de 360º desde que me conheceu mas tinha-se enganado!) No fundo, eu acreditava que ele me ia dar uma oportunidade, eu pensava mesmo que o nosso amor era suficiente para que ele confiasse em mim e na vontade que eu tinha em fazê-lo feliz. Errei. Sonhei demasiado. Os planos saíram-me ao lado. Ele deixou de me pertencer. Ele vai seguir em frente.. talvez um dia com alguém tão oposto a mim. E ISSO DÓI TANTO! Imagina-lo abraçado a outra pessoa, a dizer-lhe que a ama, a contar-lhe tudo o que lhe faz feliz e tudo aquilo que o magoa... essa imagem é horrível. Tornou-se o meu pesadelo. Não há um dia em que não pense nisso. E custa ainda mais porque eu sempre sonhei que ia ficar com ele para o resto da minha vida. Eu acreditei mesmo que ele ia fazer parte de todos os meus planos. No que dependesse de mim, isso iria cumprir-se! Mas eu não mando no coração dele.. Já não posso fazer parte da vida dele. E tudo por minha culpa.. porque discutia por mínimas coisas, que me magoavam a mim, e que no entender dele não tinham fundamento. E assim foi. Há sete dias atrás, meti a pata na poça! Foi a gota d'água. Ele não aguentou mais. E o meu coração partiu-se. Pela primeira vez, a ideia de fim da relação confrontou-me. Senti-me a morrer.. e ainda hoje me sinto! Não sei o que fazer à minha vida. Estou perdida, completamente perdida! Eu amo-o tanto. Qual o porquê disto? Digam-me!!

Nunca mais me vou esquecer de ti. Nunca, nunca mesmo! És o meu anjo, o meu pilar, o meu melhor amigo! "Então isto é o fim?!" "Infelizmente, sim..."

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Fim de ciclo?

http://pedacinhosdeti.blogspot.pt/2013/04/little-house.html

A minha casa desabou. Tudo aquilo que eu tinha de seguro, perdeu-se num ápice e a ideia de felicidade bem que não passava disso, de uma ideia. Rapidamente ela fugiu das minhas mãos, para não variar. Agora sinto-me triste.. talvez perdida, talvez abandonada. Sei que nada fiz para que as coisas chegassem a estes extremos. Uma coisa é certa, amo com tudo o que tenho todas as pessoas que entram na minha vida pensando que nunca me vão abandonar. Com ele não foi excepção. Entrou no momento mais crucial dela. Estava à derivada. Era uma pessoa insegura, que tinha medo de tudo, até de mim mesma; não tinha confiança em nada, passava os dias a chorar por todos os azares que a natureza me dava. E foi ele quem me ajudou a superar isso (pelo menos a esquecer) e a largar um passado de quatro anos que tanto me dominou a vida. Chegou a uma altura que deparei-me comigo a viver em função dele. Finalmente estava apaixonada e desta vez sentia que era pela pessoa certa. Sentia-me bem, era feliz. Que mais podia pedir? Nada, tinha tudo o que precisava! Os dias foram passando e eu a cada momento tinha mais certeza de que era com o D. que eu queria passar o resto da minha vida. Construí todos os sonhos imaginando-o sempre a meu lado. Não fazia sentido em pensar que ia perdê-lo. No entanto as discussões começaram a aparecer, como é natural... mas ganharam proporções indevidas e acabaram por se tornar sistemáticas. Apesar de tudo, amava-o da mesma maneira. Apesar de tudo, os nossos momentos estavam sempre lá. Continuava feliz. Mas até para dançar o tango são precisas duas pessoas... Ele acabou por não aguentar com a nossa relação. E assim se foi o meu pilar. A minha vida hoje desmoronou-se. Apetece-me fugir.
Dói tanto mas tanto. Sinto um aperto no coração que nem sei explicar. Estou completamente aterrorizada. Ainda não me mentalizei que nunca mais vou receber uma mensagem de "bom dia" nem de "boa noite". Ainda não me mentalizei que nunca mais me vai dizer um "Eu amo-te!" a meio de uma conversa. Ainda não me mentalizei que ele nunca mais me vai abraçar e fazer cócegas mesmo sabendo que não gosto. Ainda não me mentalizei que ele vai deixar de fazer parte de mim. Não consigo sequer imaginar que ele um dia vai ser feliz com uma pessoa que não eu. Ele era meu. O meu mais que tudo. O homem que eu amo.. e que não quer que eu seja dele. AI QUE RAIVA!!! Isto custa tanto. Já dei por mim a desejar-me o pior do mundo. Sinto-me lixo... Eu não sei o que fazer à minha vida. Sou uma moribunda do mundo, perdida de amores, pobre de afectos, despida de casa... a minha casa.