quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O passado por vezes devia ser um Hoje.

No outro dia lembrei-me do meu melhor amigo. Não que o tenha esquecido, mas fiz questão de evitar pensar nele. O que é certo é que não consegui. Lembrei-me de quando ele me pediu desculpa. Estávamos afastados, sem saber bem ao certo o porquê, e ele de repente chega à minha beira e pede para falarmos. Abraça-me como se não houvesse amanhã. Foi um momento único. Sempre que me encho destas memórias, o meu coração fica cada vez mais pequenino.
Ele faz-me tanta falta. Como é que eu deixei que o meu orgulho nos separasse? Deixamos novamente de nos falar e desta vez foi a sério. Já se passou mais de um ano e meio e eu ainda não me conformei. Nunca me imaginei sem ele e o que é certo é que nos últimos dois anos a minha vida tem sido vivida sem ele. Eu faria tudo o que fosse preciso para voltar atrás. Juro que acabava com este orgulho todo e hoje.. Hoje tinha-o aqui comigo. Hoje a minha vida fazia mais sentido. Hoje eu sentia-me segura e feliz. Mas este hoje já  é tarde. Não há nada a fazer. Os nossos caminhos mudaram. Hoje comportámo-nos como desconhecidos. Ele não deve ter noção do quanto isto me mata por dentro, caso contrário, eu sei que ele me apertaria a mão como fez da última vez para eu sentir a força que ele me queria dar. Ele é único. Ele é fantástico. Mas ele já não faz parte da minha vida.... e isto dói tanto. Dói mais que uma facada nas costas, dói mais do que um pé torcido, dói mais do que quando os dentes do ciso estão a nascer. É uma dor que nos impede de ser completos.... Gostava de conseguir escrever mais sobre nós, mas há coisas que nunca vamos conseguir controlar. As lágrimas são uma delas. E elas agora apoderaram-se de mim. Um dia saberei domá-las.